sábado, 30 de novembro de 2013
Hands down ...
Uma das melhores conferências mesmo. A apresentação não lhe faz inteira justiça, mas enquanto não chega o registo vídeo é ler.
quinta-feira, 28 de novembro de 2013
Na agenda
Na FDL, o que é comodo e ecológico, a conferência mais importante dos últimos tempos:
«Com a aprovação do Orçamento para 2014, novas e severas medidas de
austeridade vão ser adoptadas e penalizar, ainda mais, a generalidade da
comunidade, levantando dúvidas quanto aos seus efeitos sobre os ténues
sinais de recuperação económica.
A insistência na política de austeridade ocorre num momento em que as
críticas a esta opção de política económica crescem de tom e ganham
cada vez mais aderentes, levando-nos a colocar as perguntas: A
Austeridade Cura? A Austeridade Mata?»Organizada pelo Prof. Eduardo Paz Ferreira, coordenador do Centro de Investigação de Direito Europeu, Económico, Financeiro e Fiscal (IDEFF), da Faculdade de Direito de Lisboa, amanhã, a partir das 9h30.
quarta-feira, 27 de novembro de 2013
terça-feira, 26 de novembro de 2013
Não é nem pode ser ... tempo de renúncias
Este é o tempo
Este é o tempo
Da selva mais obscura
Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura
Esta é a noite
Densa de chacais
Pesada de amargura
Este é o tempo em que os homens renunciam.
Sophia de Mello Breyner, Mar Novo (1958)
segunda-feira, 25 de novembro de 2013
Não há uma maneira moderna de fazer isto?
É penoso passar ao de leve pela votação na especialidade do Orçamento de Estado (não há dever académico que justifique mais do que isso, seria tratamento cruel e desumano) ... os deputados penosamente, a votar números e alíneas uma atrás das outras, com franqueza, parece o pior dos métodos.
Tem 0 espaço para a discussão política de substância e torna-se numa ladainha sem sentido em que mesmo com a proposta à frente não se consegue acompanhar o que se está a votar em concreto.
sábado, 23 de novembro de 2013
Revista de imprensa
Boas desculpas para não fazer o melhor ou deixar de ter boas desculpas para não fazer ao menos o melhor possível. É escolher ...
“Perfectionism is the voice of the oppressor, the enemy of the people. It will keep you cramped and insane your whole life.”
Uma história aparentemente sobre racial profiling e práticas policiais abusivas mas com muita, muita gente dentro:
Stop-and-Frisk's Fiercest Foe
Metadata parece que são dados que não têm dados. Não é verdade:
Taking the “Meh” out of Metadata
Como se os académicos precisassem de alguma justificação para serem, digamos, pouco amáveis, especialmente quando apreciam outros académicos. Mas enfim, para um ou outro caso anormalmente mais tímido, aqui fica o argumentário possível porque é que é assim mesmo que deve ser:
Scholars’ rude awakenings
Para onde vamos colectivamente, a humanidade entre o digital e a dessensibilização:
Aldous Huxley: the prophet of our brave new digital dystopia
“Perfectionism is the voice of the oppressor, the enemy of the people. It will keep you cramped and insane your whole life.”
Uma história aparentemente sobre racial profiling e práticas policiais abusivas mas com muita, muita gente dentro:
Stop-and-Frisk's Fiercest Foe
Metadata parece que são dados que não têm dados. Não é verdade:
Taking the “Meh” out of Metadata
Como se os académicos precisassem de alguma justificação para serem, digamos, pouco amáveis, especialmente quando apreciam outros académicos. Mas enfim, para um ou outro caso anormalmente mais tímido, aqui fica o argumentário possível porque é que é assim mesmo que deve ser:
Scholars’ rude awakenings
Para onde vamos colectivamente, a humanidade entre o digital e a dessensibilização:
Aldous Huxley: the prophet of our brave new digital dystopia
sexta-feira, 22 de novembro de 2013
A soma das ineptitudes
No caso da SOFID ...
O Governo nomeia com o pensamento no interesse do nomeado e não da instituição que vai dirigir , a CRESAP pronuncia-se sobre uma matéria que claramente não domina, na execução da sua visão muito tecnocrática das coisas (que é um desastre, mas essa é uma outra conversa) e o resultado é este:
1) Apto com limitações como diz o parecer da CRESAP é impossível de compatibilizar com as normas sobre o funcionamento dos órgãos das empresas (seja nos termos do Estatuto das Empresas Públicas seja nos termos do subsidiário Código das Sociedades Comercais). Ou tem limitações em função da matéria e não pode ser Administrador, ou não tem e não pode cumprir o parecer da CRESAP;
2) Sendo a SOFID uma das instituições financeiras sujeitas à supervisão do Banco de Portugal, como é que se via descalçar a bota? Do regime legal aplicável:
Artigo 15.º
(Composição do órgão de administração)
1- O órgão de administração das instituições de crédito deve ser constituído por um mínimo de três membros, com poderes de orientação efectiva da actividade da instituição.
Artigo 31.º
(Experiência profissional)
1 – Os membros do órgão de administração a quem caiba assegurar a gestão corrente da instituição de crédito e os revisores oficiais de contas que integrem o órgão de fiscalização devem possuir experiência adequada ao desempenho das respectivas funções.
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
terça-feira, 12 de novembro de 2013
Jogo de soma nula
Em tempos de restrição orçamental mais do que nunca o financiamento de políticas públicas é uma dor de cabeça e, muitas vezes, um jogo de soma nula.
Para baixar o IRC às empresas, por exemplo (uma medida, já agora, expressamente não prevista no Memorando) esse dinheiro terá de vir de outro lado (desde logo mantendo e recendo em alta o enorme aumento de IRS).
Poucas vezes somos confrontados no mesmo dia com ambas as informações, normalmente é preciso andar à procura delas. Assim, limpinho, escolhas políticas legitimas mas que é bom que se assumam e expliquem:
19,4 milhões para quem tiver filhos em colégios privados
Educação Especial perde mais de 14 milhões
domingo, 10 de novembro de 2013
Revista de imprensa
Ser levemente eclético para não dizer mesmo diletante pode ser defendido como uma coisa boa (e ainda bem):
Master of many trades: Our age reveres the specialist but humans are natural polymaths, at our best when we turn our minds to many things
Há aquelas coisas em que nenhum de nós quer pensar: mas se os drones matam pessoas alguém tem de "premir" o gatilho. Tirando o que significa para todos nós como sociedade que estas máquinas existam, sema usadas como são e estejam a caminho de ser "autónomas" já não só em voo mas, mais dia menos dia, para a decisão de matar, como será para um operador destes aparelhos pousar a cabeça na almofada à noite? Será que o uso de visão infravermelha que gera silhuetas sem
Confessions of a Drone Warrior
Um artigo que se nega a ele próprio. É possível ler, sustendada e detalhadamente textos longos e complexos hoje em dia, e não só em livros:
We read plenty, but it’s mostly skimming online news and compressed Twitter or Facebook messages.
Duas razões para ler: o valor de entretenimento (é sempre divertido ver david contra golias e alguiém fazer cair um mito, está na natureza humana) e um talvez mais importante, perceber que a tentativa de "objectivar" as ciêncais sociais, recorrendo a números e fórmulas e afins é uma cedência a que tudo tem de ser quantificável e demonstrável. Balelas ... é o mesmo que recorrer à teologia para explicar a evolução do homem (mau, mau exemplo ...):
A plucky amateur dared to question a celebrated psychological finding. He wound up blowing the whole theory wide open.
Inequidade na distribuição de rendimento. Para muitos (eu) um problema central. Mas há quem ache que nem tanto:
Average Is Over—But the American Dream Lives On
sexta-feira, 8 de novembro de 2013
Opinião Pública
O Governo anunciou que a Egrep, empresa responsável pela gestão das reservas estratégicas de combustíveis, vai passar a Entidade Nacional para o Mercado dos Combustíveis, com uma função fiscalizadora do sector.
O grau de incoerência e insustentabilidade, do ponto de vista dos argumentos, desta opção é tal que se torna difícil fazer mais do que enunciar questões. Vamos a elas:
O resto esta aqui: http://economico.sapo.pt/noticias/o-paradigma-do-que-nao-se-deve-fazer_181203.html
quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Antecipando
Uma opinião que será pública amanhã, não consigo deixar de reparar que o novo regulador dos combustíveis tem este CV:
Secretário-Geral da Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis,
CEO da Prio Biocombustíveis-Grupo Martifer, Lisboa
CEO da Pio Biocombustibli- Grupo Martifer
IBEROL (biocombustíveis)
Não dispensando, claro, a passagem pelo lado "glamour" da Finança, Merril Lynch incluida e operações de financiamento e cobertura de risco, vulgo "swaps" (os swaps hoje em dia têm mau nome, mas não são todos maus rapazes, refira-se).
O CV é excelente. Tomara muitos. Para uma GALP, uma BP, uma REPSOL.
Mas para o regulador? Que pergaminhos ou experiência em gestão do sector público? Definição de políticas públicas? Cumprimentos das regras de transparência próprias dos contratos públicos e afins? Garantias de isenção? Distanciamento face ao sector? Capacidade de definição e defesa do interesse público?
Ninguém pensou nisto? A pior resposta é: sim. E não viram problema algum. A má só é: não, não viram ... Se há uma boa não estou a ver.
quarta-feira, 6 de novembro de 2013
Números com pessoas dentro
No estudo e desenho de políticas públicas os números são essenciais: quanto custa? quem paga? que efeitos tem? a relação custo-benefício é posítiva? E por aí ...
Mas o desenho de boas políticas públicas não pode nunca esquecer que estes são números com pessoas dentro. Não pode mesmo:
Mães entregam filhos a instituições por causa da crise
terça-feira, 5 de novembro de 2013
Do que é que estamos à espera?
É oficial: a zona Euro está a ser empurrada para um cenário deflacionista. Dados de ontem do Eurostat (aqui) mostram uma tendência assustadora: De Junho para cá a inflação anual caiu de 1.6% para 1.3%, depois para 1.1% e agora para 0.7%.
Em 6 meses é obra. O BCE, como escrevi há umas semanas em dois dois textos tem não só os poderes para atalhar esta situação como o dever de os exercer:
Literalmente, o que o tratado diz é que, desde que não se comprometa o objectivo de estabilidade de preços (no médio e longo prazo, acrescentamos nós) o BCE tem como mandato, não como opção que livremente exercerá, mas como uma obrigação que sobre ele impende, contribuir para a prossecução dos fins da União fixados no Artigo 3.º do Tratado da União Europeia.
Logo, se o objectivo primordial está atingido, o BCE não só pode como deve tentar contribuir para a realização dos demais objectivos. Assim, uma política monetária seja ela "convencional" ou "não convencional" mais agressiva indexada, por exemplo, como fez recentemente a Reserva Federal Norte-americana, a um dado objectivo de baixa do desemprego, é não só permitida como imposta pelos Tratados.
E concluia perguntando:
É mesmo caso para perguntar:"What will it take for economists, let alone policymakers, to accept reality?"
Mais do que a realidade ela própria, pelo que se vê.
segunda-feira, 4 de novembro de 2013
Medir emprego/desemprego
Anda por aí uma discussão sobre se a variação postiva na taxa de desemprego pode ou não ser desvalorizada por duas razões:
1) Os empregos criados são dos que "não interessam" a uma Economia saudável, o que parece pacífico uma vez que o ordenado médio dos novos empregos é muito baixo;
2) que o desemprego não está a cair, porque na realidade o que está a baixar é o número de pessoas desempregadas mas à procura de emprego, muito porque estão a sair do país pessoas em idade activa a um ritmo que não se via desde 1968 (o que em si mesmo já é preocupante, mas voltemos ao nível de desemprego) o que não é aceite por todos.
A alternativa? É evidente, começar a olhar para outro número. Os números de desemprego são demasiado conhecidos, politizados e complexos (os desempregados em formação que não contam, por exemplo, um exemplo entre tantos).
Melhor mesmo é perguntar: quantos empregados há? Quantas pessoas emprega a Economia? É que aí não se colocam dúvidas sobre o cálculo.
Via pordata:
A Economia não suportava tão poucos empregos desde 1997, isto tendo em conta os números de 2012. Com uma estimativa grosseira, em 2013 devemos fechar o ano com um nível de emprego gerado de menos umas dezenas ou mesmo uma ou duas centenas de milhar. Números muito próximos da década de 80. De 80.
Só pode dar que pensar.
Alemanha: Mitos e realidades
O mito é o de que a Alemanha já fez tudo o que agora nos exige em termso de "austeridade". É mentira, a Alemanha passou foi a década de 90 a absorver a Alemanha de Leste em termos económicos e é por aí que vêm ganhos de competitividade e capacidade de exportação (os salários a leste ainda são, mais de 20 anos passados, mais baixos).
Este gráfico, tirado daqui, seria ainda mais elucidativo se mostrasse a data da queda do muro de berlim. Sim, foi ali em 1989, mesmo antes do "afundar" do saldo posítivo da balança corrente alemã. Que só recupera, e de que maneira, depois da introdução do Euro.
A Europa, toda ela, suportou os custos daquela década díficil, canalizando para a Alemanha dinheiro sob a forma de fundos estruturais e beneficiando com uma série de regimes excepcionais em matéria de regras europeias (dos auxílios de Estado à abertura de certos mercados à concorrência).
A memória é uma coisa importante:
sexta-feira, 1 de novembro de 2013
Opinião Pública
Hoje na Económico TV, contranatura para quem sempre preferiu a palavra escrita.Com André Abrantes Amaral com quem é sempre útil trocar ideias e que, confirmo, não é o autor da frase em destaque no vídeo.
Subscrever:
Mensagens (Atom)