terça-feira, 26 de novembro de 2013

Não é nem pode ser ... tempo de renúncias


Este é o tempo
Este é o tempo
Da selva mais obscura

Até o ar azul se tornou grades
E a luz do sol se tornou impura

Esta é a noite
Densa de chacais
Pesada de amargura

Este é o tempo em que os homens renunciam.

Sophia de Mello Breyner, Mar Novo (1958)