quinta-feira, 7 de novembro de 2013
Antecipando
Uma opinião que será pública amanhã, não consigo deixar de reparar que o novo regulador dos combustíveis tem este CV:
Secretário-Geral da Associação Portuguesa de Produtores de Biocombustíveis,
CEO da Prio Biocombustíveis-Grupo Martifer, Lisboa
CEO da Pio Biocombustibli- Grupo Martifer
IBEROL (biocombustíveis)
Não dispensando, claro, a passagem pelo lado "glamour" da Finança, Merril Lynch incluida e operações de financiamento e cobertura de risco, vulgo "swaps" (os swaps hoje em dia têm mau nome, mas não são todos maus rapazes, refira-se).
O CV é excelente. Tomara muitos. Para uma GALP, uma BP, uma REPSOL.
Mas para o regulador? Que pergaminhos ou experiência em gestão do sector público? Definição de políticas públicas? Cumprimentos das regras de transparência próprias dos contratos públicos e afins? Garantias de isenção? Distanciamento face ao sector? Capacidade de definição e defesa do interesse público?
Ninguém pensou nisto? A pior resposta é: sim. E não viram problema algum. A má só é: não, não viram ... Se há uma boa não estou a ver.