quinta-feira, 29 de novembro de 2012
Solidariedade Europeia - alguma vez existiu?
A história do resgate a Espanha confunde.
Aparentemente, não só o juro a aplicar é muito mais baixo do que o nosso (menos de 1%?) como o capital não contará para a dívida pública. Só os juros contarão para o défice. É extraordinário.
São bancos nacionalizados. Vão receber fundos europeus. Coisa que, quanto à CGD, nos foi dito que era impossível fazer com fundos do resgate. Porque era público. Tivémos de injectar fundos públicos "comprados" a 3 ou 4%. Dois pesos, duas medidas.
O comunicado da Comissão não é claro quanto a este assunto.
Em Portugal, não só contabilizámos a totalidade dos 12 MM€ destinados à Banca como estamos a pagar juros sobre a totalidade do valor pese embora 7,5 MM€ estejam depositados no Banco de Portugal, que é, como sabemos, parte do BCE.
Há aqui demasiadas partes que não se compreendem. Talvez a nossa imprensa possa um dia destes, como se chama, fazer jornalismo e esclarecer estas coisas todas.
Mas o que não se compreende mesmo é que Gregos, Espanhóis, Irlandeses e Italianos negoceiem furiosamente e obtenham resultados e Portugal, até agora, se tenha limitado a benificiar, na medida em que tal nos é oferecido, das conquistas de outros.
Sou a favor de exigir a solidariedade europeia que nos é devida e não está a ser praticada. Mas o que estamos a fazer por nós próprios?