quinta-feira, 18 de abril de 2013
Ficar mal na fotografia
O regulador do sector financeiro, que já sofreu na pele as consequências do BPN, do BPP e de mais alguns desastres menores que têm passado despercebidos, vê agora uma decisão interna de uma empresa fazer o seu trabalho:
O grupo britânico Barclays suspendeu hoje quatro administradores do Barclays Portugal, entre eles o responsável pela actividade no país, Peter Mottek.
Não é bom sinal. O Banco de Portugal está cada vez mais a precisar de sangue fresco. Talvez o próximo Governador possa não vir da pool de recrutamento do costume. Ar fresco e uma reviravolta precisam-se.
Marco Capitão Ferreira
Lusa: serviço público
Depois de um take da lusa, a imprensa portuguesa lá olhou para o assunto. Com poucas variações no conteúdo, muito dependente da Lusa. Mas ... antes tarde que nunca:
Erro no Excel põe em causa estudo que sustenta austeridade
Académicos terão descoberto erro na fórmula de um estudo que sustenta políticas de austeridadeMedidas de Austeridade na Europa devem-se a erro de Excel
Estudo usado como argumento para a austeridade colocado em causa
Marco Capitão Ferreira
quarta-feira, 17 de abril de 2013
terça-feira, 16 de abril de 2013
Dobrado contra singelo
Em como esta notícia não passa em Portugal. É daquelas apostas que gostava de perder ... Para ler até ao fim. Tudo ...
The intellectual edifice of austerity economics rests largely on two academic papers that were seized on by policy makers, without ever having been properly vetted, because they said what the Very Serious People wanted to hear.
O que é que isto quer dizer? Bom, que o excel já vinha estragado de origem. Que os fundamentos teóricos da "austeridade expansionista" estão a ruir perante os nossos olhos. Coisa pouca ...
Marco Capitão Ferreira
A realidade agora em imagens
A partir dos dados deste artigo (anos de 2011 e 2012. 2013 será muito pior), a verdadeira dimensão do custo para o país da actual espiral recessiva (valores em milhares de milhões de euros):
É, convenhamos, um bocadinho assustador (e também significa que o mítico "multiplicador" de que se falou tanto há algum tempo não só não é entre 0,5 e 1 como já vai acima de 2).
Aquela coluna da direita significa que deixámos colectivamente de produzir 12 mil milhões de euros de riqueza.
Marco Capitão Ferreira
quinta-feira, 11 de abril de 2013
terça-feira, 9 de abril de 2013
Um despacho sem base legal
É curioso verificar que o despacho da discórdia, assinado pelo Ministro das Finanças não invoca qualquer base legal, isto é, mais em "juridiquês", norma habilitante (pode-se conferir aqui).
Ora, como não se pode legislar por despacho, e não se vendo que a lei do OE ou o Decreto-Lei n.º 32/2012de 13 de fevereiro, tenham norma legal que dê cobertura substantiva ao despacho, quid juris?
Eis um caso prático em potência ...
Marco Capitão Ferreira
Sampaio da Nóvoa
Como já escrevi noutro sítio ... Ele há ocasiões em que Magnífico Reitor é mais do que mera praxe académica.
Este comunicado traduz uma defesa intransigente, inteligente e militante da Universidade.
E, a partir dela, lançam-se alertas ao país. Só surpreende quem não está atento. Concorde-se ou não, está na altura de, pelo menos, pararmos colectivamente para pensar.
Marco Capitão Ferreira
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Eleições e resgates
Quer se concorde quer não que é oportuno termos eleições em Portugal convinha desmistificar essa coisa de que eleições e negociações ou renegociações de resgates são incompatíveis.
Não foram na Irlanda, na Grécia, em Itália (que está em resgate soft), nem mesmo ... em Portugal ... em 2011. Memória recomenda-se.
Marco Capitão Ferreira
sexta-feira, 5 de abril de 2013
O Tribunal Constitucional é um tribunal político?
A maioria de votação das normas declaradas inconstitucionais variou entre os 8 e os 11 Juízes.
Para quem fala da natureza política do Tribunal Constitucional é matéria para reflexão. É que a linha de fractura não só variou de norma para norma como não corresponde ao "alinhamento"político dos juízes.
Marco Capitão Ferreira
Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele
O Tribunal Constitucional teria feito melhor em não aderir ao circo mediático.
Enfim. Foram declarados inconstitucionais os artigos 29.º, parte do 31.º, 77.º e 117.º.
Bem acima dos 600 milhões que o Governo disse que aguentava.
Agora é ver a fundamentação. Isto é, quando se conseguir aceder ao site do Tribunal, também ele pouco equipado para lidar com a pressão mediática e que está a sofrer uma espécie de Denial of Service.
Marco Capitão Ferreira
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