quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Riscos no Orçamento para 2014


O maior risco para a execução do Orçamento em 2014 não está no eventual chumbo de algumas das medidas de austeridade. O risco, para o País, o Orçamento, a Economia e o próprio Governo está em esse chumbo não acontecer.

Como explicou Manuela Ferreira Leite: “Se eu estivesse no Governo e fosse responsável por este Orçamento rezava todas as noites para que o Tribunal Constitucional (TC) chumbasse umas tantas medidas”. Porquê? Porque “ficava bem vista perante a troika e os credores porque tinha tentado tomar todas as medidas possíveis e imaginárias e simultaneamente não tínhamos efeitos de medidas absolutamente lesivas do interesse nacional e do progresso e do crescimento”.

No fundo, como diz António Rebelo de Sousa, é isto: "Fazendo um apelo à razão, algo terá que mudar. Como diria Fernando Pessoa, a compreensão está a meio caminho entre a fé e a crítica.".


Quanto ao guião da "reforma" do Estado, bem, depois do ciclo noticioso será remetido ao seu lugar natural: a irrelevância. 

Felizmente, aqui e ali lá vamos vendo algum bom-senso em denunciar situações incompreensíveis: Dívidas dos pais não devem impedir estudantes de ter bolsa de estudo.