quinta-feira, 29 de maio de 2014
Opinião Pública
No DE de hoje (gralhas e tudo):
Na frente interna, a Alemanha tem de perceber de uma vez por todas que se quer que os demais Estados-membros lhe subsidiem uma moeda com câmbio mais baixo, o que a mantém competitiva internacionalmente, e lhe dêem livre acesso a um mercado de 500 milhões de habitantes, tem de partilhar esses ganhos.
A Alemanha desequilibra mais o Euro do que Portugal, Grécia e Espanha juntos.
Um euro sem Alemanha desvaloriza, deixa respirar as exportações dos periféricos e pode assumir uma inflação realista e um mandato de crescimento e emprego. E só temos esta hipótese? Não.
Podemos reformar a arquitectura do euro, acabar o edifício e explicar de uma vez por todas ao BCE que os tratados lhe atribuem um duplo mandato: inflação e crescimento. E não um só. E se a Alemanha aceitar, óptimo. Se não, paciência. Questões complexas, seguramente mas ou as tomamos como nossas ou merecemos que nos ignorem.