sábado, 10 de maio de 2014

Notas soltas


Da leitura deste Relatório do Conselho Superior de Finanças Públicas:

1 - Os portugueses seguraram a despesa com alimentação mas o consumo de bens duradouros colapsou e vai levar muito tempo a recuperar, a este ritmo.






















2 -Há sinais preocupantes, e reforçados pela observação anterior, de que não há uma alteração real da estrutura da nossa Economia. Dito de outra maneira, as importações estão a começar a inverter sentença mesmo com uma recuperação modesta da compra de bens duradouros. Se recuperar minimamente, o que vai acontecer à balança comercial e de capitais?





3 -A capacidade do subsídio de desemprego de servir de rede de segurança social está em queda quer do ponto de vista do valor, quer do ponto de vista do número de pessoas abrangidas



4 -No período antes da crise financeira os défices estavam abaixo dos que temos hoje, mesmo depois da austeridade. Deve dar que pensar quanto à viabilidade do modelo austeritário que aplicámos.



5 -Idem, quanto ao muito falado défice primário do Estado (despesa sem juros). Era 0,3 em 2007 (sem necessidade de austeridade), ainda está em 1,0 em 2013, depois de aplicada a austeridade. Fica, pelo menos a prova de que há outros caminhos para contas públicas equilibradas.  



6 -  O ajustamento orçamental foi quase todo feito do lado da receita (2/3). E a parte que respeita a despesa (1/3) pouco excede o montante dos cortes salariais e nas pensões:



7 - O programa da troika serviu para os credores externos serem substituidos pela troika, reduzindo a sua exposição a Portugal. Marginalmente, o mesmo aconteceu com a banca. Portanto, o programa serviu para sossegar os "mercados". Já se sabia, mas assim fica claro:



8 -E para aliviar a participação da Banca no financimanento das empresas públicas:



9 - Em 2013 o Governo perdeu o controlo da despesa, mas tratou de aumentar a receita até tapar o buraco. Que ia sendo de quase 2,5 mil milhoes de euros.