quinta-feira, 29 de maio de 2014
Opinião Pública
No DE de hoje (gralhas e tudo):
Na frente interna, a Alemanha tem de perceber de uma vez por todas que se quer que os demais Estados-membros lhe subsidiem uma moeda com câmbio mais baixo, o que a mantém competitiva internacionalmente, e lhe dêem livre acesso a um mercado de 500 milhões de habitantes, tem de partilhar esses ganhos.
A Alemanha desequilibra mais o Euro do que Portugal, Grécia e Espanha juntos.
Um euro sem Alemanha desvaloriza, deixa respirar as exportações dos periféricos e pode assumir uma inflação realista e um mandato de crescimento e emprego. E só temos esta hipótese? Não.
Podemos reformar a arquitectura do euro, acabar o edifício e explicar de uma vez por todas ao BCE que os tratados lhe atribuem um duplo mandato: inflação e crescimento. E não um só. E se a Alemanha aceitar, óptimo. Se não, paciência. Questões complexas, seguramente mas ou as tomamos como nossas ou merecemos que nos ignorem.
quarta-feira, 28 de maio de 2014
Notas leitura Relatório do BdP
Do Relatório anual do Banco de Portugal (na integra aqui). Os dados são para ser interpretados, é certo, mas o BdP exagera ao adoptar uma postura claramente tendenciosa, menos de árbitro e mais de jogador no que respeita às opções a fazer:
1) Estamos compararativamente e abosultamente mais pobres e a divergir da Europa, o nível mais baixo desde o fim do século passado
2) O PIB não cresce, não por causa da prosutividade, como normalmente se diz (está a subir), mas por causa do elevado desemprego:
3) Não só o desemprego está a subir como o indicador estimado do desemprego estrutural também está a subir. O amanhã será bem diferente para a Economia
4) Ainda temos muito que andar em termos de qualificação da população. A ideia de que temos demasiados licenciados é largamente um mito
5) A Europa está a retomar os níveis de actividade económica, mas Portugal não. Temos níveis de utilização dos recursos historicamente inéditos desde 1995, pelo menos. Reindustrialização é só uma palavra que se diz, pelo que se vê
6) Quem mais se endividou antes da crise foram, por esta ordem, os bancos e as empresas, muito mais que as pessoas ou o próprio Estado. Um bocadinho contra-natura.
7) A dívida pública mantém um movimento ascendente muito preocupante, mesmo descontando a almofada financeira
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