quarta-feira, 30 de abril de 2014

Documento de Estratégia Orçamental


Foi finalmente publicado. Já está entregue em Bruxelas. Para lá do jogo político, podemos e devemos analisar friamente o documento.

De uma primeira leitura, duas notas. A trajectória da dívida oferece muita preocupação:


A taxa de desemprego, até 2018, não baixa dos 13%:



Quanto à discussão que por aí vai, não faz sentido tê-la porque está condicionada por factores que, na investigação académica, não podemos aceitar.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ler e aprender


Banco de Inglaterra: Money creation in the modern economy

O trabalho de base (James Tobin, em 1963)
 
(via Krugman)
 

Entretanto, no sistema financeiro...


Olhar de frente


O problema está na Banca:















Em Portugal, os Bancos têm activos que "valem" 300% do PIB (fonte). Um valor superior a estimativas que fizemos com base nos 5 maiores bancos (fonte) e que pecou por defeito.

Se 10% dos activos valerem, na realidade, 0, fruto de imparidades por serem bens que desvalorizaram ou creditos sobre empresas insolventes, estamos a falar de uma contingência na ordem dos 50 mil milhões de euros. Tem de se olhar para isto de frente.


Opiniao Publica


No DE.

Talvez lembrar que o Governo esteve três anos a dizer ao Tribunal Constitucional que estes cortes eram temporários e justificados pela situação de emergência financeira, única condição na qual estes foram aceites, enquanto ao mesmo tempo jurava à ‘troika' que estas eram medidas estruturais de redução da despesa, isto é, eram para sempre, permanentes.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Opinião Pública


Esta manhã na ETV, Bruno Proença, director executivo do Diário Económico, analisando as conclusões da 11ª avaliação da 'troika', num programa conduzido por Marta Rangel.


Alguém que explique isto das pensões ao FMI




A aprender, sempre. 

Opinião Pública

https://twitter.com/ferreiramcf/status/458433691040350208 

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Sobre a tributação do sector eléctrico

Vamos a dados da EDP:

 Em 2012 o resultado antes de impostos foi de 1.464,7 mil milhões de euros e os impostos sobre rendimentos do capital (IRC) foram de 282.5 milhoões de euros.

Taxa real efectiva: 19.2%

Em 2013 o resultado antes de impostos foi de 1.381,5 mil milhões e os impostos sobre rendimentos do capital (IRC) foram de 188 milhões de euros.

Taxa real efectiva: 13.6%.

Se isto é cortar nas rendas excessivas vou ali já venho.

Fontes dos dados, para quem quiser replicar as contas: Está no Key Data publicado pela EDP (aqui), tab sobre EDP Group, células D/E, linhas 25 a 27.








Suponho que enquanto o salário não for menos de 50% da média da OCDE


Ainda estará demasiado "alto".


quarta-feira, 16 de abril de 2014

A Banca é duas vezes do tamanho do País e ninguém estranha?


Dados de 2012. Os dois primeiros quadros são do Mark Blyth. O último é meu, com dados que gostava de poder verificar, mas o Banco de Portugal não compila estas estatísticas. Alguma correcção necessária é mais que bem vinda.

Mede-se o tamanho dos  Bancos (total activos) em comparação com o tamanho da Economia (medido pelo PIB). Quanto maior mais impossível de salvar. Na Europa não há como os Estados salvarem os Bancos e por isso é que andamos todos a fingir que não se passa nada. mas passa.

Explicado por imagens:

1) Nos USA o total do peso dos bancos não excede os 120% do PIB. 
 

















2) Na Europa, são mais de 200% do PIB.



















3)  E em Portugal. Bem, ou muito me engano ou estamos na mesma, os Bancos são mais de duas vezes maiores que o total da Economia Nacional. 





Opinião Pública



Com Miguel Félix António com os cortes para 2015 na agenda, num programa conduzido por Sandra Xavier. Aqui e aqui.

E a partir de hoje, com ligação directa ao Twitter.

quinta-feira, 3 de abril de 2014

Dúvida sobre o cautelar


Se é ao mesmo tempo verdade que "que um eventual programa cautelar terá a duração de um ano" e que a almofada existe dá para "reembolsar as emissões de dívida de longo prazo que vencem em Junho e Outubro deste ano" e ainda chegaríamos ao "final do ano com cerca de 7 mil milhões de euros" para que serve o programa cautelar?

É que se tivermos problemas de acesso aos mercados será sempre e só ... depois de ter terminado o programa cautelar. Até lá, temos os pagamentos garantidos. Um seguro que só se aplica no período em que não precisamos de seguro é sempre demasiado caro.


Nota: Essa almofada financeira em 2013 custou ao Estado 435 milhões de euros e este ano custará mais de 250 milhões. Pelo menos.

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Opinião Pública


Com o Alexandre Mota Pinto, num programa conduzido por Sandra Xavier, na ETV.