quinta-feira, 21 de março de 2013
O inexistente plano B
Passou algo despercebido na habitual confusão do ruído mediático.
A "folga" que o Governo tinha para acomodar uma eventual decisão desfavorável do Tribunal Constitucional esfumou-se por via do agravamento do cenário macro-económico. Aliás, já não chega para o tapar. Essa folga, convém recordar, consistia na aplicação já em 2013 de uma percentagem do corte de 4 MM€.
Logo, já não há plano B.
Bem pode o Ministro das Finanças agora vir dizer que "não faria sentido ter planos de contingência para estas eventualidades". A verdade é que havia, e reflectiu-se numa série de opções legislativas, nomeadamente em sede de decreto-lei sde execução orçamental.
Simplesmente, as coisas estão a correr tão mal que se teve de usar o Plano B só para começar a lidar com novo desvio nas contas públicas.
O que aquela declaração quer dizer, e aqui há que assumir a especulação, é que não há Plano B porque o Governo não tenciona gerir as consequências de um eventual chumbo. Ponto.
Marco Capitão Ferreira