quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Por um subsídio de desemprego europeu


Para quem estuda estas matérias não deixa de ser curioso ler como novidade do dia que o "FMI propõe subsídio de desemprego europeu"

Leitores menos atentos pensarão que foi descoberta a pólvora. Os outros sabem que em 1961 /não é gralha, há mais de 50 anos) um senhor chamando Mundell explicou isto tudo direitinho.

E não se pode dizer que é um trabalho obscuro e que é natural que a imprensa especializada desconheça. Afinal, este homem ganhou um Prémio Nobel precisamente com este trabalho.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

A sabedoria dos mercados


Quem gosta de atribuir aos "mercados" dotes de avaliação precisa da bondade de qualquer política ou acontecimento não pode deixar de aceitar que há problemas sérios com a execução orçamental:

Para quem não gosta de ir em facilitismos, há muitas perguntas para fazer sobre a execução orçamental, a primeira das quais é: o que se passa com as dívidas no sector da saúde?

Lê-se no Boletim de Execução Orçamental:  "O pagamento de dívidas de anos anteriores na área da saúde (€ 1.314 ,9 milhões em 2012 e € 10,5 milhões em 2013)". Das duas três, ou só transitaram 10 milhões de euros de divida passada a ser paga este ano, o que seria inédito, ou não estamos a pagar estas verbas e elas terão de ser liquidadas mais à frente. 

Este volume de diferença, de 1,3 MM€ mereceria, em qualquer País do Mundo, uma pergunta no Parlamento ou pelo menos a curiosidade de um qualquer jornalista. Em Portugal? Bom, estamos de luto pelo Verão ... 

Marco Capitão Ferreira

terça-feira, 24 de setembro de 2013

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Do essencial e do acessório


Revisão estatística vai diminuir desemprego e défice 

Isto é acessório e sempre foi. O número de empregados e de desempregdos não muda e nem um euro de riqueza é produzido ou deixa de ser. Só mudou a maneira como se fazem as contas.

A economia dirigida pela contabilidade é sempre má política, seria como as leis serem ditadas pelos aspectos processuais (bom, enfim, talvez seja melhor não entrar em detalhes).

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Temos tempo para resolver os problemas do euro


Terra será habitável por mais 1750 milhões de anos

Os problemas de arquitectura do Euro são conhecidos - na década de70 já Paulo Pitta e Cunha, em Portugal, escrevia sobre isso - mas há alternativa à alternativa.

Isto é, para além do caminho que tem sido seguido e da contracorrente que se vai formando e que fala de saída do euro, existem mais opções.

A mais evidente é: consertar o que está estragado. Em vez de deitar fora décadas de integração e ir "comprar" um novo modelo para a Europa podemos e devemos explicar o que é preciso para "arranjar a UEM".

E isso joga-se em Bruxelas, mas também em Lisboa. 


Para reflexão sobre mercados financeiros


Nomeadamente em torno do conceito de lucros privados e prejuízos "nacionalizados":







Fonte: Economist

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Das limitações do Excel


Dados que não entram nos modelos numéricos que nos vão regendo, apenas um exemplo solto:

Número de suicídios nos jovens europeus aumentou logo após a crise


A perenidade das luminárias


Em Portugal também temos - então não temos - muito disto:

The point was that even this guy believed that the people who have been consistently wrong about everything for decades are the “experts”; somehow they retain that reputation despite their record.

Is it too early for a drink?

Vale a pena ler o resto

Opinião Pública



No fim de tudo isto seremos um país absolutamente mais pobre e relativamente mais desigual. A recuperação será trabalho para pelo menos uma geração. Ou duas.